Na última sexta-feira (28), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que irá acionar a Bandeira Vermelha 2 que encarece a conta de luz a partir do mês de junho.
Em meio a uma crise hídrica histórica na região da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, o aumento dos gastos com termelétricas é mais uma vez repassado aos consumidores finais, acrescentando cerca de R$6,24 para cada 100kWh consumidos.
As bandeiras tarifárias, sistema criado pela própria Aneel, que possibilitam ao consumidor a boa utilização da energia elétrica, funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a vermelha a que tem um custo maior e a verde, o menor.
A escassez de chuvas aliada com a Medida Provisória da Eletrobrás, que visa a privatização da estatal, faz com que o governo compre energia mais cara, o que acaba por gerar um acréscimo de 5,6% em relação à conta do mês de maio. Além disso, a estimativa é que as tarifas continuem aumentando, uma vez que a previsão é de crise hídrica até o final do ano.
A alta nos preços decorre do risco hidrológico e do custo da energia produzida pelas hidrelétricas, e prejudica diretamente os segmentos industriais e de prestação de serviços, além dos consumidores residenciais, tornando mais complicado o restabelecimento da economia no Brasil, e dificultando ainda mais a vida dos brasileiros em meio à pandemia do Coronavírus.